Afinal em que ponto ficamos?
Jogo Preferido vs. Melhor Experiência
Mais um tema aqui para gerar controvérsia. Eu devo gostar muito de ver o mundo a arder:)
Mas não se chateiem comigo amigos, de certeza que alguns de vocês até concordam com o que estou para aqui a dizer.
Esta questão surge-me quando penso qual será o meu jogo preferido, da curta experiência que tenho. Bem sei que isto dos gostos pode facilmente variar e em particular nos jogos tabuleiro, até o facto de jogarmos com um grupo diferente pode proporcionar experiências de jogo completamente distintas.
Mas vamos lá explorar isto um bocado e vou tentar abordar jogos que gostei e não gostei..afinal isto dos gostos e opiniões é subjectivo. Quer dizer, nos dias de hoje se calhar não é subjectivo mas pronto, eu como acho que todos devem ter opinião e têm o direito de dizer que eu não tenho razão nenhuma vou manter a discussão aberta!
Os jogos: quando penso no nosso jogo preferido a minha resposta imediata é Pandemic Legacy Season 2. Mas quando penso mais um bocado aparece a tal linha entre o jogo preferido e a melhor experiência que tive com um jogo. Provavelmente o Pandemic Legacy S02 é a melhor experiência que tive com um jogo de tabuleiro.
Mas antes de me começarem a chamar nomes ou atirar ovos vamos lá ver isto, eu adoro o Pandemic, sei que não é comum a todos vocês mas eu não quero saber eu adoro aquilo. Por isso é que o mundo não tomba. No entanto dificilmente o Pandemic tem a mecânica de jogo que mais me atrai ou que mais me cansa aqui a mioleira.
Posto isto, o Legacy 2 foi a melhor experiência de jogo que tive. E sim eu prefiro a 2ª à 1ª season, talvez porque joguei o 2 primeiro e aquilo para mim foi completamente revolucionário. Novas regras a meio de um jogo? Novos desafios, novas personagens, um tabuleiro que evoluía? Sei que o Pandemic não foi de todo o primeiro a fazer isto, mas foi o primeiro que eu joguei e eu literalmente viciei naquilo!
Se foram lendo os meus posts anteriores já sabem que gosto de Football Manager, ora o Legacy fez-me lembrar os meus tempos de miúdo em que durante as férias grandes me levantava às 10h e deitava às 4h e só parava para comer qualquer coisa ou quando as minhas necessidades fisiológicas falavam mais alto. Chegava a levar o portátil para a praia (naquela altura as baterias duravam uma vida não era?) e quase sonhava com tácticas..tudo pela mágica Briosa!
Com o Pandemic Legacy era igual, o único problema era o número de horas, agora trabalhamos já não dá para estas maratonas, e tive o jogo no Inverno portanto também não o experimentei levar para a praia. Eu e a Inês íamos jantar a pensar que estratégica usar e ficávamos super chateados porque tínhamos perdido um mês. Deixámos o jogo montado na mesa da sala durante 1 mês, nem o queríamos arrumar. E o facto de irmos evoluindo, o jogador/personagem que acaba o jogo não é o mesmo que começa para nós foi algo incrível e que na altura nos deixou boquiabertos! Nunca nenhum jogo nos deixou este feeling e só agora o Maracaibo numa escala muito menor nos deixa um pouco esse bichinho de continuar a história mas sem o vício causado pelo Pandemic Legacy.
No outro extremo deste gozo, está o T.I.M.E Stories que absolutamente odiámos! Chegámos ao fim da história do jogo base mas porque me borrifei para o tempo e para as regras...jogo nenhum me causou um total aborrecimento, excepto este. Mas eu reconheço que o jogo claramente não funciona para 2 jogadores e provavelmente com um grupo maior a minha percepção teria sido muito diferente. Porque eu cada vez que penso no jogo e no que me levou a comprá-lo, acho sempre que tinha potencial para ser altamente. E este para mim é um bom exemplo da influência do grupo de jogadores para a experiência e para que se disfrute de um determinado jogo. Enfim, deu para perceber que não gostamos de usar dados com o intuito de resolver acções.
Agora que já falámos de experiências, vamos lá aos jogos preferidos. Demorei alguns jogos a perceber isso, mas até à data claramente são os eurogames que fazem as delícias cá de casa, em particular os worker placement! São esses jogos de 2 horas ali a moer a cabeça para tentar trocar recursos por pontos que realmente nos atrai. São mecânicas muito mais interessantes e decisões muito mais difíceis de tomar do que as que o Pandemic apresenta e isso para nós torna o jogo melhor! Nesta fase os nossos jogos preferidos devem estar entre o Underwater Cities e o Tzolkin, mas eu desconfio que com o andar do tempo o Maracaibo se possa chegar à frente.
Em jeito de conclusão, eu até ver estou a gostar do caminho que os jogos estão a tomar no sentido de incorporarem uma história em mecânicas de eurogames. Acho que quando chegarmos ao ponto rebuçado dessa mistura, pelo menos para nós, teremos o nosso jogo preferido a coincidir com a melhor experiência. Ou então não, se calhar nessa altura só vamos querer jogar ao peixinho. Logo se vê.
Para vocês esta distinção também existe ou acham que já estou só a inventar temas para ter texto para escrever?
Mais na próxima semana! Até lá...bons jogos!
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