As vantagens de não ter tempo para jogar

Eu não devo pensar com os parafusos todos...


Este é o meu 3º post e já me estou aqui a contradizer. Comecei isto a refilar porque não tinha tempo para jogar e quão péssimo isso era, agora, afinal já tem vantagens. Mas leiam mais umas linhas e já vão perceber, prometo que este vai ser mais curto, até porque não está directamente relacionado com o tabuleiro.

Antes de mais vou esclarecer isto: não ter tempo para jogar é MAU! Uff..pronto já tirei este peso que tinha nos ombros desde o primeiro parágrafo, mas é preciso ver o outro lado. E no nosso caso vamos lá ver que lado é esse.

Se calhar nos primeiros posts isto não ficou claro: somos farmacêuticos, e farmacêuticos orgulhosos, gostamos mesmo do que fazemos. Portanto se me perguntarem "trocavas a farmácia por uma vida dedicada ao boardgame?" Resposta simples: não. Sem querer soar lamechas, há qualquer coisa de mágico quando a Dona Céu nos vem dar biscoitos de limão só porque diz que gosta muito de nós ou quando o Sr. Tomás vem para a farmácia passar um bocado porque infelizmente lhe faleceu a esposa.

Esta farmácia para mim é super importante, é gerida pela melhor farmacêutica com a qual alguma vez me cruzei...ah e já agora ela há 30 anos que diz que é minha mãe, portanto deve mesmo ser. Este post até posso dizer que é dedicado a esta senhora, que verdade seja dita, me deu tudo o que tenho.

Mas deixando as lamechices para trás, vamos lá levar isto para o tabuleiro. As nossas profissões, são aquilo que nos dá a segurança para podermos gastar o dinheiro que queremos gastar nos jogos. Este ponto é particularmente importante no caso de pessoas como nós, que para jogar um jogo acabam por ter de o comprar.

No meu caso tenho ainda o lado psicológico, o facto de ter menos tempo para jogar dá-me a sensação de que tiro mais partido das oportunidades que tenho para o fazer. Se bem que eu acho que se jogasse muito tirava partido na mesma, enfim outra contradição.

E voltando um pouco ao post anterior, esta falta de tempo faz-nos ponderar melhor que jogo devemos na realidade trazer para casa. Se o tempo não abunda, os jogos que chegam têm de valer a pena! E para além disso obriga-nos a estabelecer regras, por muito que queiramos ser coleccionadores, acho que não adianta ter 200 jogos na prateleira quando realisticamente nem jogamos 20.

Por fim esta falta de tempo permite-nos dar valor aos pequenos heróis: aquelas caixas pequeninas que estão atafulhadas no meio das grandes. Aqueles 20/30 minutos que nos fazem feridas no cérebro e vêm num formato que até dá para jogar no sofá...merece ser celebrado. Ainda vou dedicar um texto só a celebrar esses pequenos guerreiros.

E por hoje já chega, este foi mais curto, e agora que leio vejo que isto podia ter sido só uma linha: 
Trabalho ajuda-nos a ter algum para poder alimentar o hobby.

Bem, agora já está escrito também não vale a pena apagar.

Vocês concordam com isto ou eu estou só para aqui a divagar? Voltamos ao tabuleiro mais a sério no próximo.
Até lá


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