Temáticas

Mais um texto, mais um tópico muito querido de nós todos boardgamers...os temas! E isto provavelmente é um tema com muitos temas a explorar! Eu como sempre venho apenas dar a minha humilde perspectiva, da minha curta experiência!



Os temas são para mim aquilo que inicialmente me puxa para um jogo! Ler a "história" do jogo e perceber qual o seu objectivo é o que me atrai para explorar mais um pouco. Só depois de ser cativado a cultivar cenouras, construir caminhos de ferro ou matar alguma coisa é que sigo para ler as regras.

E tentando entrar aqui pelos temas que gosto ou não gosto. Este segundo ponto é fácil porque efectivamente acho que só tenho um tema que não gosto: zombie apocalypse! Estou farto de zombies! Parece-me um tema já pouco original. Mas atenção nunca joguei, portanto não vou opinar se são jogos bons ou maus e eu não acho que tema algum me faça automaticamente dizer "não jogo isso". E matar bichos para mim não conta para esta coisa dos zombies, só se os bichos forem zombies é que eu acho pouca piada;)

Outro exemplo de um jogo, que gostava de jogar, mas o tema não me puxa para o comprar é o Pret-a-Porter. Um jogo sobre o mundo da moda, para um tipo que tem peças de roupa repetidas e anda sempre vestido da mesma maneira...acho que não.


Há sempre algumas surpresas, o Wingspan é a maior delas. O tema não me atraiu, acabei a ver o jogo, ler as regras, etc. e gosto bastante. Mais uma prova, se calhar vamos a ver e até vou gostar dos jogos dos zombies.


E depois há temas que até parece que têm forças gravitacionais! No meu caso são jogos com maior foco na parte económica e do "negócio" que curiosamente, são jogos que eu não jogo! Mas tematicamente são realmente os que mais me atraem. O problema é que tradicionalmente esses jogos quando jogados a dois morrem um pouco e eu jogo quase exclusivamente a dois. 

O que andar aqui no meio, nomeadamente a nível de eurogames marcha tudo! Os jogos preferidos lá de casa neste momento, são o Maracaibo, o Underwater Cities e o Watergate, nenhum deles propriamente económico.

Ainda temos os abstractos...eu não tenho rigorosamente nada contra os abstractos e por vezes até são boas ferramentas que nos focam simplesmente no puzzle sem adereços a mais.


Agora uma questão para vocês...acham que há algum tema absolutamente parvo ou que achem que não encaixa de todo num jogo de tabuleiro? Eu acho que não e acho que tudo pode ser e merece ser abordado num jogo tabuleiro, desde que devidamente adaptado. 

E aqui vou deixar uma nota, uma vez que vejo escrito inúmeras vezes, pessoas a reclamarem que certos temas não deveriam ser abordados por razões históricas. Exemplo do Mombasa com os escravos, ou do Secret Hitler porque alguém ter de ser o Hitler, ou até do Maracaibo porque retrata uma época de invasões desumanas. Eu não poderia estar mais em desacordo! Em primeiro lugar é um jogo, uma ficção e deve ser encarado como tal! Lá porque o Andreas Seyfarth colocou a referência a escravos no Puerto Rico, duvido que ele seja a favor da escravidão. Em segundo lugar, e mais importante ainda, estes pontos devem ser lembrados e até ensinados, para que pelo menos se tente evitar uma repetição da história.


Para terminar, porque como já sabem gosto dos textos curtinhos, que eu quero é ver a malta depois a discutir estas coisas: os temas da moda! Eu penso que isto nem sempre é muito evidente, mas pelo menos a mim parece-me que há temas que são mais comerciais que outros. Por exemplo a exploração de Marte, um tema que acho altamente, foi bastante usado nos últimos anos. Tal como estes, também há temas que penso que devem ser melhor recebidos que outros e por isso surgem mais frequentemente, produção de recursos com temas agrícolas, ou a exploração espacial. 

Neste último ponto poderíamos ainda incluir os jogos aos quais são coladas certas marcas? Star Wars, Marvel, Lord of the Rings, Game of Thrones...gostam de ver estes filmes incorporados nos jogos ou preferem ver um tema criado de origem? 


E vocês como abordam temas neste mundo dos boardgames? Indiferente ou são esquisitos?


Um abraço...




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